Apesar de existirem opiniões distintas sobre a importância da avaliação quando falamos de professores e alunos, é indiscutível que avaliar os estudantes, independentemente do meio escolhido, é essencial. Segundo a diretriz “Avaliação nas Escolas do Ensino Fundamental: Focalizando o Trabalho Docente”, criada pelo Ministério da Educação, “há certa concordância mundial de que, em qualquer nível de ensino, é fundamental acompanhar e avaliar os percursos cotidianos dos alunos”, diz o texto na página inicial do documento. Em uma analogia, é como utilizar um GPS durante uma viagem, permitindo que em diferentes momentos da jornada seja possível traçar novas rotas em direção ao destino desejado.
Pensando nisso, é necessário que as crianças e os adolescentes estejam sempre em contato com algum tipo de processo avaliativo, permitindo que a escola e os professores consigam acompanhar seu desenvolvimento dentro de uma temporalidade condizente com aquilo que se busca avaliar. Mas, claro, é necessário se atentar que cada indivíduo possui uma maneira própria de aprender e deve ser avaliado conforme seu perfil – ainda que seja necessário possibilidades que atendam ao volume de alunos de cada turma.
Apesar das tradicionais provas dissertativas e objetivas serem as mais populares, nem todos os alunos conseguem demonstrar seu aprendizado por esses caminhos. Desta forma, é primordial que os docentes desvendem métodos avaliativos para que englobam todas as categorias de aquisição de conhecimento e, para isso, é possível utilizar a Avaliação Formativa.
O que é Avaliação Formativa?
Sendo uma alternativa aos métodos tradicionais, essa concepção de avaliação tem o objetivo de avaliar o estudante de maneira individualizada, levando em consideração suas principais dificuldades e necessidades.
Com ela, os professores conseguem detectar as principais fragilidades de cada aluno e como está sendo o processo de aprendizagem no geral e, assim, promover um plano de ação para que essa dificuldade não se torne uma barreira. Estamos falando de uma prática que vai muito além de um feedback regular para o corpo docente, a Avaliação Formativa possibilita que os alunos se tornem protagonistas do processo de aprendizagem, afinal, com essa estratégia, metodologias ativas como a sala de aula invertida e a aprendizagem baseada em projetos são utilizadas e permitem que os estudantes participem de maneira decisiva.
“Construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos”. – Base Nacional Comum Curricular
Aplicação e metodologia
Para aplicar a Avaliação Formativa na sua escola, é necessário que os professores utilizem um conjunto de recursos avaliativos, indo desde os métodos tradicionais até os mais atuais, como a gamificação, por exemplo. Consequentemente, todos os alunos serão avaliados de acordo com o seu perfil e conseguirão demonstrar aos professores as suas fraquezas e fortalezas.
Para iniciar o nosso papo sobre as metodologias, começamos falando sobre a gamificação que citamos há pouco tempo. Utilizar jogos – tecnológicos ou tradicionais – pode ser uma ótima alternativa para avaliar as crianças. Com essa ferramenta, os alunos se engajam e nem percebem que estão colocando o aprendizado em prática.
Realizar um quiz de perguntas, por exemplo, pode ser uma saída extraordinária, tanto para os estudantes quanto para os professores. Enquanto demonstram seu conhecimento de maneira lúdica e interativa, os docentes conseguem observar quais conteúdos não foram absorvidos com tanta intensidade e quais matérias estão bem resolvidas na turma.
Uma dica extra seria guardar essa lista e, após alguns meses de desenvolvimento, pedir para que os alunos releiam suas dificuldades e avaliem o seu progresso.
Como dissemos anteriormente, as avaliações utilizadas não são apenas individuais. Trabalhos em grupo e seminários também são ferramentas importantes da Avaliação Formativa, além de estimular as crianças e os adolescentes a realizarem pesquisas, desenvolverem documentos de apresentação e praticarem o conteúdo aprendido. Também serão trabalhadas as habilidades socioemocionais que a Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, sugere abordar em sala de aula, como:
● Autoconsciência
● Autogestão
● Consciência social
● Habilidades de relacionamento
● Tomada de decisão responsável
Por último, mas não menos importante, a sala de aula invertida e os debates podem ser ótimas estratégias de avaliação, elas permitem que os alunos interajam entre si e troquem experiências sobre o assunto solicitado pelo professor. Com isso, passa a agir ativamente e não é totalmente dependente da figura do professor para aprender.
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